Gordura localizada (principalmente na zona da barriga) é das mais fáceis de
adquirir e das mais difíceis de perder. Que irónico, não é? E principalmente
quando as restantes partes do corpo, tais como pernas ou braços, são magras,
surge um enorme sentimento de frustração. Sentimo-nos desproporcionados. As
dietas, nestes casos, não servem porque acabamos por emagrecer em outras zonas
também, em que se calhar não queremos emagrecer. Então como conseguir um corpo
proporcional e em forma?
Eis algumas dicas para perder a barriga de forma inteligente e segura:
Eis algumas dicas para perder a barriga de forma inteligente e segura:
COME BEM MAS SEMPRE EM QUANTIDADES PEQUENAS....
Este é um dos
grandes erros que todos cometemos. Pensamos que se comermos menos, iremos
conseguir emagrecer. Big mistake! Na verdade, os nutricionistas recomendam
várias pequenas refeições ao longo do dia. Começa o dia com um bom
pequeno-almoço, mas sem gorduras saturadas nem fritos. Quando digo bom, quero
dizer consistente, isto é rico em vitaminas e principalmente fibra. Isso
fará com que o nosso corpo ganhe aquela fonte de energia que precisa logo de
manhã e se sinta saciado por muito mais tempo. Já aqui se falou da importância
que o pequeno-almoço tem. Conheço muitas pessoas que abdicam desta refeição,
pensando que assim conseguirão perder algum peso. Nada mais errado. É como
esperar que um carro ande sem gasolina. Até poderia andar, se alguém o empurrar,
mas não é isso que nós queremos, pois não? Precisamos de forças para aguentar um
longo dia de trabalho e stress, pelo que a melhor maneira de dar esse impulso ao
organismo é através do pequeno-almoço. Coma também a meio da manhã para manter o
metabolismo activo. Isto é outra coisa que muita gente não faz. Quando passa
muito tempo sem comer, o corpo economiza, gastando muito poucas calorias para se
poder manter em actividade e acumulando tudo o que aparece. Faz o mesmo
depois do almoço. Arranja sempre alguns minutos para lanchar, nem que seja uma
peça de fruta. Não esperes pelo jantar porque aí já estarás provavelmente
esfomeado, e tudo o que for ingerido nessa refeição, será prontamente
depositado. É a defesa que o corpo tem. Sim, porque o nosso corpo pensa por si
próprio. Quando fazemos grandes intervalos entre refeições, o corpo sente-se
privado de energia, então entra em catabolismo, quando deveria estar em
anabolismo (irei falar melhor sobre estes dois processos, no próximo
post). E quando é alimentado outra vez, tenta aproveitar tudo para impedir que
isso volte a acontecer. Eu costumo pensar no corpo como uma despensa em alturas
de crise e guerra. Quando pensamos que maus tempos hão-de vir, a nossa tendência
é começar a abastecer porque não sabemos o que depois nos espera, é
verdade ou não? O corpo faz o mesmo, previne! E se o que nós queremos é perder
peso, não faz sentido passar fome, mas sim ter um horário de refeições para que
o nosso corpo se sinta seguro e pense que está tudo dentro do normal (em vez de
entrar em pânico e começar a economizar). E enquanto fazemos isso, vamos
consumindo refeições com menos calorias, aos poucos, para o corpo se ir
habituando. Isto leva-nos à segunda dica.
DEIXA AS VELOCIDADES PARA AS CORRIDAS....
Quanto mais rápido se
perder peso, menos probabilidade se tem de manter essa perda. Passar fome
para acelerar o processo não é um bom método pois, tal como disse, estimula o
corpo a conservar a sua gordura e também faz perder água necessária. Se
perdermos os quilos aos poucos, iremos dar tempo ao nosso corpo de se adaptar. É
preferível uma perda constante de peso em mais tempo, do que emagrecer
rapidamente em tempo record e depois voltar a engordar o mesmo ou mais ainda,
não achas? Devagarinho se vai ao longe, é o que se costuma dizer.
ESCOLHE BEM AS GORDURAS....Eliminar totalmente a gordura é um
erro. Existem gorduras boas... monoinsaturadas e
polinsaturadas, que o organismo necessariamente precisa para poder
funcionar, e gorduras más... saturadas e trans ou
hidrogenadas, que o organismo não precisa nem utiliza, por isso vai
depositando.
As gorduras saturadas são de origem animal. São responsáveis por
elevar o colesterol que pode levar a problemas cardíacos, por isso são
prejudiciais à saúde.
Exemplo de gorduras saturadas: carne, leite gordo,
manteiga, natas, queijo, pele de aves (frango, peru).
As gorduras insaturadas
são de origem vegetal. E são consideradas boas para a saúde porque mantêm a
temperatura do corpo, servem de base para a formação de diversas hormonas, e
diminuem o risco de doenças cardiovasculares.
Exemplo: óleos vegetais, abacate,
nozes, castanhas, amendoins, soja, sementes de sésamo, peixe, frutos secos.
Em
conclusão, se é verdade que a gordura pode ser ruim, viver sem ela é
inviável. Precisamos de gorduras. Elas são vitais para o bom
funcionamento do organismo. Mas a vida é um prato de Conhecimento temperado
com Equívocos e acompanhado de um vinho chamado Equilíbrio. Por isso, deve
sempre separar-se o trigo do joio. Melhor dito, a gordura boa da gordura má. É
impensável viver sem gordura. Alguém completamente livre de gordura seria tão
dinâmico e eficiente como uma tartaruga com cãibras. Mas é preciso ter especial
atenção nas gorduras que se consomem. E depois, cá entre nós, um bocadinho de
chicha também não faz mal nenhum. Não te castigues por causa de um pneuzinho,
não exageres, mas sim procura encontrar um meio termo, porque para magra basta a
carteira.
O importante é sentir-te bem contigo próprio/a e ser saudável.
Gorduras.
De tudo o que foi dito, basta reter isto: a escolha é sempre nossa. Não é
preciso, nem devem eliminar-se totalmente as gorduras da nossa dieta, uma vez
que algumas são essenciais ao nosso organismo. A pior gordura que podemos
ingerir é a gordura trans (que aparece nos rótulos identificada como
gordura hidrogenada). Este tipo de gordura é amplamente usada na indústria
alimentar em produtos como biscoitos, bolos, gelados para aumentar a
consistência, melhorar a textura e prolongar o prazo de validade. Também é
utilizada em restaurantes de fast-food no óleo de fritar pois permite fazer mais
frituras sem queimar. As gorduras benéficas para a saúde são as que contêm Ómega
9, Ómega 6 e Ómega 3. Aqui fica também um truque para quando se absorvem
demasiadas gorduras numa refeição. Consumir fibra! Ajuda a acelerar o trânsito
intestinal, impedindo a acumulação de gorduras.
Não se esqueçam: as gorduras são
indispensáveis ao nosso corpo, pelo que não as devemos eliminar completamente. O
que devemos fazer é consumir com moderação.
O mais importante não é a
quantidade mas sim a qualidade da gordura.
ATENÇÃO ÀS CALORIAS ESCONDIDAS.....
Algumas pessoas engordam mesmo
comendo pouco pois não olham para a lata de refrigerante que bebem dia sim, dia
não. De facto, as bebidas (alcoólicas ou não) também podem engordar mesmo que
não ofereçam a sensação de saciedade.
É preferível beber água (que não só
hidrata o organismo como também tem benefícios para a pele, aumentando a sua
elasticidade) ou sumos naturais. Claro que se não consegues resistir à tentação
de beber uma Coca-Cola de vez em quando (quem consegue?!), também não será o fim
do mundo. Um dia não são dias. Mas não faças disso um hábito. A regra deverá ser
a água e a excepção a Coca-Cola, e não ao contrário.
DEDICA-TE À MATEMÁTICA...
Cada meio quilo de gordura contém
4500kcal, ou seja são estas calorias de que te deves desfazer para perder meio
quilo. É muita caloria, não é?
Tem em mente que 1g de gordura = 9kcal, e
verifica os rótulos de cada produto antes de os ingerir. Uma alimentação cuidada
e um pouco de exercício físico por dia, fará muita diferença.
Fazer uma lista
com tudo aquilo que costumas consumir diariamente e totalizar o número de
calorias, sem esquecer que o mesmo varia consoante a dose indicada, é um bom
começo para uma dieta equilibrada.
Ter em atenção também que cortar nas gorduras
nem sempre significa reduzir o número de calorias, já que alguns produtos livres
de gordura possuem quantidades extra de açúcar para compensar o sabor perdido na
remoção das gorduras. Mas uma vez feito este cálculo, como saber quantas
calorias precisamos de consumir por dia, para evitar excessos? Conhecer a
necessidade calórica é essencial para o emagrecimento por ser o melhor indício
para nortear uma dieta. No entanto, não há uma resposta certa pois a necessidade
calórica depende de vários factores.
Cada indivíduo precisa de uma quantidade
diferente de calorias, isto vai depender da idade, do sexo, do tamanho do corpo,
do peso, da altura, do estilo de vida e das actividades físicas desempenhadas.
Quanto maior o corpo e o trabalho que ele realiza, maior será a quantidade de
calorias que vai precisar.
Habitualmente nós consumimos mais calorias que
realmente necessitamos. Quando a ingestão supera o gasto, ocorre a acumulação
desta energia sob a forma de gordura.
Em média, uma mulher adulta de estatura média, com cerca de 60 kg,
deverá ingerir cerca de 2000 calorias por dia. Mas repito: depende de vários
factores, pelo que para obter uma resposta correcta, o melhor será consultar um
nutricionista.
Uma vez obtido esse valor, servirá de guia para a nossa
alimentação, assim como ter um registo de tudo aquilo que ingerimos e
pesarmo-nos semanalmente para ver se conseguimos manter ou, melhor ainda, perder
o peso.
TEM EM CONTA QUE O METABOLISMO VARIA DE PESSOA PARA PESSOA....
O que para algumas pessoas pode funcionar em termos de dietas ou exercício físico, para outras pode não ter efeito nenhum. Não desmoralizes se vires que seguiste à risca aquela dieta que funcionou na tua melhor amiga, mas que para ti não deu resultado. Personalizar é a solução.
Tu, melhor que ninguém, conheces o teu corpo, as tuas capacidades, os teus gostos, o teu estilo de vida.
NÃO CAIAS NO CONTO DE QUE ALIMENTOS DIETÉTICOS AJUDAM A EMAGRECER....
É necessário cuidado, porque muitos
produtos que se vendem na secção de dietética (nomeadamente, iogurtes, cereais e
bolachas de dieta) nem sempre são pouco calóricos.
Descobri há tempos que certas bolachas que se
vendem na dita secção diziam no rótulo «só 110 calorias»! "Se é um produto
dietético, supostamente para emagrecer, posso comer 3 ou quatro bolachas à
vontade", pensará a maioria das pessoas.
No entanto, cada bolacha
correspondia a 5 bolachas Maria tradicionais. Ou seja, se comesse 3 dessas
bolachas, estaria a comer o equivalente a 15 bolachas Maria. Parece razoável?
Por isso, o melhor mesmo é comparar os rótulos com os produtos não dietéticos
semelhantes.
Por exemplo, entre os cereais de pequeno-almoço correntes, pesquisa
aqueles que têm menos calorias e compara-os com os da secção de dietéticos.
Importa também observar a quantidade de açúcar e fibras presentes, uma vez que
uma alimentação saudável não depende só das calorias ingeridas.
Não sejas
preguiçoso/a quando se trata da tua saúde. Nem acredites em tudo o que te
dizem. Lá por um produto dizer que é bom para a dieta, não confies cegamente.
Pode ser uma estratégia de venda. O objectivo principal dos produtores é vender.
Assim sendo, mais vale perderes mais um minuto do teu tempo a ler os rótulos dos
ditos produtos dietéticos e compará-los com os "normais".
Depois tira a tua
própria conclusão e vê se compensa pagar mais por um produto que supostamente te
ajudará a manter a linha. Às vezes ajuda, outras não. NOTA: Ler rótulos
sempre!
Outra coisa: o facto de se intitularem dietéticos, não significa que
emagreçam. Um chocolate
light poderá ter menos 25% de calorias do que um normal, mas mesmo assim
é muito calórico.
O mesmo com as batatas fritas, donuts, etc. O grande problemas
dos produtos dietéticos é esse mesmo: as pessoas julgam que podem comer a
dobrar... Portanto, mesmo que o produto dietético em causa tenha menos calorias,
isso não quer dizer que poderás comer mais.
Comer deve ser sempre com moderação,
se queres mesmo perder aqueles quilinhos a mais.
CORRER, CORRER E... CORRER!
Voltando ao início, pois estava a
falar de gordura localizada na barriga. Há um mito entre nós: aquele de pensar
que fazer abdominais ajuda a perder a barriga.
Não quer dizer que não seja um
bom exercício físico para fortalecer os músculos da barriga, mas se te limitares
a isso, a gordura vai continuar no mesmo sítio.
Correr é a solução, por muito
incrível que pareça. Seja ao ar livre ou dentro dum ginásio, na passadeira ou
fazendo bicicleta, 20 minutos por dia terão efeitos verdadeiramente benéficos na
tua luta contra os indesejados pneus.
Espero que estas dicas te ajudem minimamente no teu objectivo de emagrecer,
principalmente na barriga. Mas se, como eu, fores uma pessoa gulosa que gosta de
comer bem e apreciar uma refeição cheia de sabores, fazer dieta não tem,
necessariamente, de significar que devemos abdicar totalmente desse prazer.
É
preciso fazer sacrifícios claro, mas, tal como disse acima, uma vez por outra
esquecer um pouco a contagem de calorias, não fará muito mal.
Eu, por exemplo,
para me manter motivada, em paz comigo mesma, mas também satisfeita, costumo
preocupar-me com as calorias de segunda a sexta. No fim-de-semana como o quero e
gosto. Para mim é um bom equilíbrio. Não me custa tanto abdicar de certas coisas
se sei que não terei de abdicar delas definitivamente.
Outra solução é, depois
de comer uma refeição muito calórica, não ficar sentado na cadeira mas sim
movimentar-se. Se a refeição foi consumida em casa, lavar a loiça à mão em vez
de pôr na máquina poderá ser uma boa alternativa para queimar essas calorias
extra.
Se a refeição foi fora de casa, andar um pouco a pé em vez de ir
directamente para o carro, também é uma boa solução.
Resumindo, não fiques
parado/a. É o mínimo que podes fazer para não ter esse peso na consciência e
para os lados, como quem diz. O peso ideal é aquele que te faz sentir bem
contigo mesmo/a. E para o atingires, tens de ser amigo de ti mesmo/a.
Por último, dizia eu que fazer abdominais não resulta na perda da barriga,
mas ajuda a definir e tonificar os músculos, coisa que gostarás muito de ver,
uma vez perdida a gordura a mais. Por isso, aqui deixo alguns exercícios para
uma barriga definida, e não só, também para umas pernas e glúteos
delineados:
Elevação oblíqua invertida
(1) – Deita-te barriga para
cima. Inicia o exercício com a perna esquerda esticada e com a direita dobrada,
com o joelho num ângulo de 90º. Coloca as mãos atrás da cabeça e contrai os
abdominais.
(2) -
Levanta a perna direita, contraindo os abdominais e elevando o tronco ao mesmo
tempo, até ela ficar esticada. Aguenta essa posição durante 2 segundos e
regressa lentamente à posição inicial. Repete 20 vezes o movimento e depois
troca a posição.
Elevação alternada
(1) – Contrai os abdominais e
dobra o joelho esquerdo em direcção ao peito. Mantém os pés apontados para o
tecto.
(2) – Levanta
as pernas em forma de V, elevando o corpo e tentando tocar com as mãos nas
pontas dos pés. Faz 20 vezes este movimento e troca a posição.
Flexão parte externa da coxa
(1) – Deita-te de lado,
apoiando o corpo sobre o cotovelo direito. Coloca a mão esquerda na cintura. A
perna deve estar ligeiramente dobrada. A perna esquerda deve estar ligeiramente
afastada da direita e dobrada de forma a formar um ângulo de
90º.
(2) - Estica o
braço direito e levanta a perna esquerda ao mesmo tempo, mantendo-a paralela ao
chão. Com este movimento, a perna direita ficará mais dobrada. Mantém essa
posição durante 2 segundos e regresse lentamente à posição inicial. Faz 20 vezes
este movimento e troca de perna.
Flexão parte interna da coxa
(1) – Suporta o peso do teu
corpo levantando-o do chão com os braços esticados e colocados atrás. A perna
direita deve estar estendida para o lado. Os pés devem estar esticados e a tocar
no chão..
(2) – Flecte
a perna direita e passa-a por cima da esquerda. Aguenta essa posição durante 2
segundos e regressa lentamente à posição inicial. Faz 20 vezes este movimento e
muda de perna.
Glúteos diagonais
(1) – Coloca os joelhos e as
mãos no chão e estende a perna esquerda ligeiramente para a lateral. Dobra a
perna direita. As pontas dos pés devem estar a tocar no chão.
(2) - Apoia-te no cotovelo direito e
levanta a perna esquerda, num ângulo ligeiramente superior a 90º. Dobrar o
cotovelo ajuda a sentir a nádega esquerda a endurecer. Repete 20 vezes este
movimento e troca de perna.
Pontapé traseiro
(1) – Coloca os joelhos e as
mãos no chão e estende a perna esquerda para trás, sempre paralela ao chão. O pé
deve ficar flectido e virado para o lado.
(2) – Dobra a perna esquerda
a 90º, mantendo o pé flectido.
(3) – Levanta a perna esquerda
ligeiramente acima dos 90º. Aguenta essa posição durante 2 segundos e regressa
lentamente à posição inicial. Repete 20 vezes este movimento e troca de
perna.
COMEÇA JÁ! NÃO ESPERES PELO PRÓXIMO VERÃO... MEXE-TE PELA TUA SAÚDE!
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